31 de agosto de 2012

RAPA NUI - Vulcão Rano Raraku

RAPA NUI – Rano Raraku Volcano


Saímos do hotel por volta das 10 com destino a um dos caminhos que levam ao vulcão Rano Raraku. Local que por 500 anos, até o começo do século XVI foi a principal pedreira da ilha, de onde saíram a maioria dos Moais. 

Saindo da grande cratera, com cerca de 550 metros de diâmetro, existem umas 5 rotas por onde as estatuas eram conduzidas até seus ahus, para o norte, sul e oeste até a costa da Ilha. 

Nosso percurso foi por um destes caminhos, onde encontramos vários Moais que não chegaram a seu destino final. Foram 3,5 horas de caminhada incluindo a visita aos diversos Moais.

De volta a cidade fomos experimentar uma das comidas locais, a empanada de atum e queijo, frita. Uma delícia, repetimos várias vezes.
Voltamos para o hotel a pé, pegamos o pôr do sol no hotel e saímos para o show de dança da Ilha.

We left the hotel around 10 am, headed to a path that would take us to the Rano Raraku volcano. This place was the main quarry for the island for over 400 years, until the beginning of the 16th Century, and it is the place where most Moai came from.
Outside the 550 m wide crater there are five paths through which the statues were taken to their ahus, headed North, South and West all the way to the island’s coast. 
We followed one of these routes, in which we found several moai that never made it to their final destination. It was a 3,5 hour long walk, visits to the moai included. 
Back to the city we tried one of the typical local dishes, fried empanadas with tuna and cheese. They are delicious, we helped ourselves to extra servings several times. 
We walked back to the hotel in time to see the sunset, and then we left to watch the island’s dance show.


São 3 grupos na ilha, cada um pertence a uma família e se apresentam em dias alternados.
Neste dia fomos ao Vai Te Mihi, adoramos tudo, música, dança, força, sensualidade e o mais legal é que não é uma coisa morta que se refaz só para turistas. A dança faz parte da realidade deles, todo mundo dança, sempre, em qualquer idade. Ou seja o ser está sempre em contato com seu corpo, sua energia, seus sentimentos, livres para coloca-los para fora.
A platéia fica de boca aberta, pensando onde está meu corpo, minha energia? e na hora que é convidada a participar não há quem não suba lá e não ponha seu verdadeiro eu para fora. Coisas inacreditáveis acontecem.... 

There are three dance groups in the island, each belonging to one family, each performing on alternate days. This time we went to Vai Te Mini and loved it all, the music, the dancing, their strength, their sensuality. What makes it even cooler is that it isn’t a soulless act played for the tourists. Dancing is part of their reality, everyone dances, all the time, no matter what age. Each person is always in contact with one’s own body, energy and feelings, feeling free to express them. The audience gets astonished and can’t help but to think “what about MY body and MY energy?”. By the time people are invited to make part of it there’s not a person who won’t climb up there and let his true self be free. Incredible things have happened…

ainda no porto de Hanga Roa
Still at Hanga Roa harbor



início da trilha em Hanga Telenga - 3,5 horas - 9km
The beginning of the route in Hanga Telenga – 3,5 hours – 9 km

avistando Rano Raraku
Rano Raraku in sight
Moai que não chegou ao destino
A Moai that never made it to its final destination

já dá para ver os Moais na beira da pedreira onde estavam sendo fabricados
You can see the moai by the edge of the quarry where they were sculpted
a cratera do vulcão Rano Raraku
The Rano Raraku volcano crater
cratera do Rano Raraku

The Rano Raraku volcano crater
Aqui acontece anualmente o Triatlhon de Rapa Nui durante o festival do Tapati, consiste em dar a volta na cratera, atravessar de volta a nado e correr com bananeiras penduradas no pescoço.

This is where the Rapa Nui Triathlon happens every year during the Tapati festival. It consists in walking around the crater, swim back and then run with banana tree pieces hung around their neck.

Moais prontos com corpo enterrado pela erosão

Finished Moai with the body buried by erosion


ao fundo o Ahu Tongariki, este seria o prêmio de outra trilha vinda do lado oposto
In the background, Ahu tongariki. This would be the reward for those who take the other route from the opposite side






fim de tarde de volta ao hotel
By the end of the afternoon, back to the hotel
nossa cabana
Our cabin



bailarina do Vai Te Mihi, me apaixonei
A dancer from Vai Te Mihi. I fell in love with her
é muita energia, sensualidade, beleza, graça, força - tudo junto
It’s just too much energy, sexiness, beauty, grace, strength – all at the same time
A Neri outra vez - a música é uma delícia
Neri again. The music is delicious
Terminamos a noite com um carpaccio de atum fresco no Donde el Gordo.

We finished off the night with a fresh tuna carpaccio in Donde El Gordo.




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Barbados - o Caribe a 5 horas daqui

30 de agosto de 2012

RAPA NUI - ILHA DE PÁSCOA

RAPA NUI – EASTER ISLAND



Tudo começou em 1980, primeiro dia, primeira aula do curso de engenharia no Mackenzie. 100 alunos por classe, 10 mulheres, conheci a Paula ali na entrada da sala, tomando coragem para entrar. Daí se seguiram 5 anos de muita ralação, trabalhos, provas, noites sem dormir, mas nunca ri tanto em toda a minha vida. As inúmeras horas estudando juntos resultaram numa proximidade e amizades que ficaram para sempre, pessoas que eu realmente sei quem são. Pois conheci quando a essência de nós era visível.


Bom, o que tem isso a ver com a ilha de Páscoa? É que há 26 anos eu e a Paula fizemos 40 dias de mochilão pela Europa, há 14 anos outra viagem com mais 2 integrantes 1 filho de cada e combinamos uma nova viagem aos 50 anos, achando que isso não ia chegar nunca...., mas chegou e cumprimos a promessa. 


O destino foi escolhido meio de improviso, levantei, ela cortou na hora e assim resolvemos Ilha de Páscoa. Sabíamos dos Moais da história, da beleza natural, mas não imaginávamos nem de longe o astral Polinésio do local. Melhor escolha seria muito difícil!!!


Achávamos que íamos descansar, andar, comer, conversar e dormir. Total engano, não paramos um minuto! Descanso só para a cabeça, o que de fato, no nosso caso é o mais importante, engenharia é só cérebro e zero corpo, exceção feita às noites sem dormir !?!?.

Nada de ônibus de turismo e visitas rápidas, conhecemos a Ilha a pé, cada dia um trecking diferente, um percurso diferente e um prêmio inesquecível. Por prêmio entenda-se uma vista alucinante, um pedaço de história emocionante ou até um almoço inesperado e muito acolhedor oferecido por um local!

Essa foi a filosofia adotada pelo nosso guia, responsável por todos esses presentes. Tito Atam foi apresentado para mim por um amigo, viajante do mundo e lógico altamente qualificado para me dar essa referencia, Beto Pandiani, navegador de muitos mares.Ele me disse: o Tito é o melhor de todos!

Tito é um Rapa Nui que fala com a propriedade de alguém que já percorreu o mundo. Ele nos contou a história da ilha, de seu povo, nos mostrou as inúmeras evidências dessa cultura e tudo isso com o alto astral de uma pessoa que é feliz de viver onde vive, fazer o que faz e ser quem é, incluindo um orgulho imenso por pertencer ao povo Rapa Nui.

Ele fez da nossa estadia uma experiência de imersão na vida e na cultura Rapa Nui.

Rapa Nui, Ilha de Páscoa ou TE PITO O TE HENUA (Umbigo do mundo) é um museu a céu aberto. A cada metro encontramos um Moai, um petroglifo, uma caverna, ruínas de casas, galinheiros, cozinhas ou até ruínas de uma vila inteira.

Os Moais são estátuas gigantes construídas e transportadas até seu destino final por quilômetros entre os anos 1100 e 1500, uma época em que ferramentas de aço e guindastes não existiam.

Embora em toda a literatura conste como um mistério a forma como essas peças que chegam a 40 toneladas e 20m de altura foram transportadas, para o Tito não há mistério algum, há a convicção de quem ouviu de seus avós que os Moais andaram! Sim andaram sobre pedras que rolam puxados por cordas em movimento pendular. E confesso que para mim parece a hipótese mais plausível se excluirmos os seres extraterrestres.

It all started in 1980, on the very first day, on the very first class I had in Mackenzie University Engineering course. Among one hundred students in each class, only 10 of which were women, I met Paula right at the classroom’s door, gathering up the courage to come in. From there on we had 5 more years of hard work, reports, tests and sleepless nights, but on the other hand I never laughed as much as I did on this period. All the hours we spent studying together resulted in a closeness and friendship that remained forever, and made for a group of people I know for real. For these were the people I got to meet when their true essence could still be seen. 
What does this have to do with Easter Island, you may ask? It just so happens that 26 years ago Paula and I backpacked for 40 days around Europe; 14 years ago we made another trip with two additional fellow travellers – the child each one had by then – and we promised each other we’d travel together again when we turned 50, thinking that day was so distant… But it came, and we held true to our promise. 
Our destination was picked somewhat by chance, I suggested it, she immediately agreed, and this is how we decided to go to Easter Island. We already knew the stories about the Moai, we knew of the natural beauty of the place, but we had no idea of the intense local Polynesian energy. There could hardly be a better choice!! 
We thought we were going to lay back, go for walks, have good meals, talk a lot and sleep. We couldn’t be more wrong, we barely had a moment to rest! Only our minds took a break, which for us is what matters the most – working as engineers is all mind and no muscle, except for the sleepless nights… 
There were no tour buses or quickly visiting places, we got to know the island on foot, each day a different trek, a distinct route and an unforgettable reward. For reward you may understand an mind-boggling vista, a moving piece of history or even an unexpected and welcoming meal offered by a native! 
This was the philosophy suggested by our guide, responsible for all of these gifts. Tito Atan was introduced to me by Beto Pandiani, world traveler, sailer of several seas, and therefore the logical source of good trip advice. He was the one to say: Tito is the best ever! 
Tito is a Rapa Nui who has the authority of those who’ve already travelled around the globe. He told us of the island’s history, about his people, showed us innumerable evidences left by this culture, all of it with the joy of a person who’s happy to live where he lives, to do what he does and to be who he is, and feels specially proud of belonging to the Rapa Nui. 
Thanks to him, more than simply staying at Easter Island, we immersed ourselves in Rapa Nui life and culture. 
Rapa Nui, Easter Island or TE PITO O TE HENUA (The Navel of the World) is an open sky museum. At each step we met a Moai, a petroglyph, a cave, ruined houses, kitchens of even a whole abandoned village. 
The Moai are gigantic statues built and dragged for kilometers to their final location between the years 1100 and 1500, at a time when steel tools and heavy machinery did not exist. 
Even though every single text about the island treats as a mystery how these rocks, each over 20 meters tall and weighing up to 40 tons, were taken from place to place, for Tito there’s no mystery at all. He had the conviction of one who’s heard from a grandparent’s lips that the Moai simply walked there! Yes, walked over rolling stones, pulled by ropes in a pendulum movement. I must confess it seems to me to be the most plausible hypothesis, if we ignore extraterrestrial beings.



Aeroporto de Mataveri, chegada domingo de manhã

Mataveri Airport, Sunday morning arrival

Comprar tickets para os parques, 15% mais barato que no local

The place to buy park tickets, 15% cheaper than on the spot.

recém chegadas!
Just arrived!
sempre um cão amigo a disposição
There’s always a friendly dog at service

Depois de um descanso saímos pra um reconhecimento de área, fomos andando até a cidade de Hanga Roa, 30 minutos a pé do Hotel. O trajeto é puro desfrute. A seguir algumas cenas.

After a little rest we left to get to know the local area, and walked to the city of Hanga Roa, 30 minutes away from the hotel. Simply put, it’s a delightful path. See some of the vistas below.


pescaria Rapa Nui 
Rapa Nui fishing

Ahu Hanga Kio'e


Ahu Ko Te Riku, o único com olhos
Ahu Ko Te Riku, the only one with eyes

Os olhos eram a última coisa colocada nos moais, eram eles que davam a vida as estátuas. durante a guerra civil foram todos arrancados.

The eyes were the last thing added to the Moai, they were what turned the statues alive. During the Civil War they were all taken off.

Complexo arqueológico Tahat
Tahat archeological complex




O porto de Hanga Roa, ao fundo o centro de mergulho ORCA, fundado por Jacques Custeau
The Hanga Roa port. In the background the ORCA diving center, founded by Jacques Cousteau

Domingo é dia de futebol e esse campo é protegido pelos Moais
Sunday is soccer day. This field is protected by the moai.


almoçamos com vista para o campo e para a praia, início da degustação da culinária Rapa Nui, muito boa!

We had lunch with a view to the field and the beach, the start of the Rapa Nui cuisine, very good!

Após o almoço seguimos em nosso reconhecimento de área.

After a lunch break, we kept on exploring the area.

camping, pareceu muito bom, ao lado da cidade
Campground by the city, it seemed quite good




Seguimos até que a chuva nos alcançou.

We kept on until it started raining.



GEOGRAFIA E HISTÓRIA

A ilha é formada sobre uma cadeia vulcânica submarina que se eleva 3 mil metros acima do fundo do mar. Sua forma de triangulo deve-se O primeiro vulcão a emergir foi o Poike a 3 milhões de anos e entrou em erupção há cerca de 600 mil anos, formando o canto sul do triângulo. A subseqüente erupção deu origem ao Rano Kau, o segundo a emergir, formando o canto sudoeste da ilha. Por último, a erupção do Terevaka, localizado no canto norte do triângulo. O ponto mais alto da ilha está 510m sobre o nível do mar. A maior lado da ilha tem 24 km de extensão. Com área de 140km2 é o pedaço de terra mais isolado do mundo, situado no Oceano Pacífico a 3700km do Chile.
Foi colonizada pelos Polinésios por volta de 900d.C.

Conta a história que um sacerdote chamado Hau-Maka (Haumaka) teve um sonho em que seu espírito viajou para uma ilha muito longe para procurar uma nova terra para seu chefe Hotu Matu'a. Sonhou com todos os detalhes do caminho e da nova terra. Hoto Matu'a ouviu o sacerdote e ordenou que 7 de seus melhores navegadores procurassem a ilha. Assim eles o fizeram e chegaram a este pedaço de terra chamado de "Te Pito 'o the Kainga", centro da terra. Hotu Matu'a então, com dois barcos partiu, com plantas, animais e pessoas para colonizar a nova terra. Ele se instalou em Anakena, por motivos que o leitor verá nas fotos adiante.

A ilha foi dividida em 13 partes, 1 para cada tribo. Para homenagear os principais membros de cada tribo eram construídos os Moais, estátuas esculpidas a partir das pedras do vulcão Rano Raraku. Estes eram colocados em plataformas chamadas de ahu, com a face voltada para o interior da ilha, pois seu olhar deveria proteger seu povo.

Apenas no Ahu Akivi as estátuas olham para o mar, este foi construído em homenagem aos 7 navegadores que descobriram Rapa Nui. Estes moais estão olhando para a terra de onde vieram.

O Moái Paro, é o moai mais alto entre os que chegaram a seus Ahus, está localizado na plataforma Te Pito Kura, mede 11 metros e pesa 80 toneladas.

Por volta do século XV esta civilização entrou em colapso por falta de recursos, inciando-se uma guerra civil bastante violenta, que inclui indícios de canibalismo. Durante o conflito todos os Moais derrubados de seus Ahus.

A partir daí abanou-se ao megalismo como expressão política e religiosa tomando lugar o culto ao Deus Make Make, estreitamente vinculado a fertilidade e a vida.
Para acabar com as disputas desta época foi criada a cerimônia Tangata –manu (homem pássaro), realizada em Orongo, onde o poder passou a ser decidido através de uma competição.

GEOGRAPHY AND HISTORY 

The island was formed on top of a underwater volcanic range that raises up to 3 thousand meters from the ocean floor. Its triangular shape is due to (FALTA TEXTO!) Poike was the first volcano to emerge, 3 million years ago, and it erupted around 600 thousand years ago, forming the triangle’s southern tip. The following eruption was responsible for Rano Kau, the second volcano to emerge, forming the southeastern part of the island. Terevaka’s eruption, at the northern tip of the island, was the last. The island’s highest point is over 510 m above sea level. The island’s larger side is 24 km long. With an area of 142 km2, it is the most isolated piece of land on Earth, 3700 km away from Chile in the Pacific Ocean. 
It was colonized by the Polynesians around 900 AD. 
Legend says a priest called Hau-Maka (Haumaka) had a dream in which his spirit traveled to a very far away island, searching for a new land for his chief Hotu Matu’a. In his dream, he saw all the details of the way there and of the new country. Hoto Matu’a listened to the priest and ordered his seven best sailors to go after the island. They did so, and reached this scrap of land called “Te Pito ‘o The Kainga”, the center of the Earth. Hotu Matu’a, then, left with two ships filled with plants, animals and people to colonize the new land. He settled in Anakena, for reasons the reader will see in later pictures. 
The island was divided into 13 parts, one for each tribe. Moai, statues sculpted from the rocks of the Rano Raraku volcano, were erected in homage to the most important member of each tribe. They were placed on top of platforms called ahu, with their faces turned to the interior of the island, because their gazes were supposed to protect the people. Only at Ahu Akivi the statues face the sea, since it was built to honor the seven sailors who first discovered Rapa Nui. These moai are staring at the place where they came from. 
Among all the moai that made it to their ahu Moai Paro is the tallest one. It is on the Te Pito Kura platform, it is 11 meters tall and weighs 80 tons. 
Around the 15th Century this civilization collapsed due to the lack of resources and a very violent Civil War broke out in the island, leaving even evidence of cannibalism. During the conflict all the moai were taken down from their ahus. 
From there on this kind of political and religious expression was abandoned and substituted for the cult of the god Make Make, closely related to life and fertility. To put this period’s disputes to an end the Tangata-Manu (bird man) ceremony was created and performed in Orongo, where the ruler went on being chosen through a competition. 

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Vulcão Rano Rarako - fabrica de Moais
Ahu Togariki - o maior de todos
Anakena - a praia dos reis ancestrais e balada Rapa Nui
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Curanto - comida de festa Rapa Nui
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Festival Tapati - esporte, comida, artesanado, festa geral na ilha
Triathlon ascestral - uma das competições do Tapati, resgistros de 2013
Barbados - o Caribe a 5 horas daqui