22 de novembro de 2012

Despedida do Kilimanjaro e de Moshi

Goodbye to Kilimanjaro and Moshi

Shayo, Nechi, Jeff na frente, Nelson o cozinheiro do meu lado esquerdo
Shayo, Nechi, Jeff in front and Nelson the cook on my left side

Dia 7 – Era o dia da despedida, da montanha e da equipe de apoio. Foi alegre e triste. Eles fizeram a maior festa para gente com canto e dança incluídos. Nós retribuímos com discurso de imensa gratidão, por todo o suporte e incrível tratamento e com gorjetas, que para eles faz toda a diferença. Acabei ainda doando a minha mochila e o Daniel sua luva. Na verdade, nada poderia retribuir o que eles nos deram.
Depois de tudo isso, tomamos café e descemos mais 6km em direção a Mweka gate, chegando lá por volta das 12:30.

Day 7 - It was the day to say goodbye to the mountain and the support staff. It was happy and sad at the same time. They threw the biggest party for us with some singing and dancing included. We paid back with a speech of gratitude, thanking for all the support and amazing service we received. We also left some tips, which made all the difference to them. I ended up donating my backpack and Daniel donated his gloves. Actually, nothing could repay what they gave us.
After all that, we had coffee and descended over 6km towards Mweka gate, arriving there at about 12:30 pm.



o último café da manhã
the last breakfast on the moutain
colhendo dados para o blog
collecting data for the blog
a última olhada
the last look at the Kili
minha cara muito inchada, quase japonesa, efeitos da altitude
my swollen face, almost Japanese, effects of altitude
não foi bebida!
I have not been drinking!


o fim - Mweka gate
The end - Mweka gate
75 km percorridos
75 km traveled

De lá, de van até o Springlands hotel em Moshi, onde recebemos nossos diplomas!

From there, we took the van until the Springlands hotel in Moshi, where we received our diplomas!







Após o almoço no hotel, e o primeiro banho em 7 dias, o Daniel deu a “ótima” ideia de fazermos um city tour. Eu achei ótimo, me imaginei sentadinha em um ônibus olhando os principais pontos da cidade... Porém...
Andamos uma meia hora na van e o guia pediu para descermos. Eu quase aleijada e com duas enormes bolhas nos pés tive que caminhar pela cidade umas duas horas...

After lunch at the hotel and the first shower in 7 days, Daniel had the "great" idea of doing a city tour. I found it great and instantly imagined myself sitting on a bus watching the main touristic points of the city ... But...
We stayed half an hour in the van and the tour guide asked us to get out of the car. I was almost crippled with two huge blisters on my feet. I had to walk around town for a couple of hours...

joelho inchado da descida, mão destratada
swollen knee, injured hand
cabelo limpo!
clean hair!
Mas foi muito legal, andamos pelo meio dos mercados locais, onde se vende de tudo, comida, roupa, utensílios. Passamos pela rodoviária e por bares locais bem legais.

But it was really nice, we walked through the local markets, where one can find anything; food, clothes, household items. We have been to the bus station and really cool local bars.

mercado local
local market

Quase fomos à balada local, o Pub Alberto, mas não sobraram forças e eu perdi, a oportunidade única, de cair numa balada na Tanzânia! O lado Chinês do Daniel também não colaborou....

We almost went to the most famous local spot, the Pub Alberto, but I was exhausted and missed the opportunity of partying in Tanzania! The Chinese side of Daniel also did not help very much....

balada perdida!
Pub Alberto
pub Alberto

No dia seguinte demos uma volta pela área do hotel que é cercado de fontes de água provenientes da montanha. A maioria das casas não tem água encanada e, portanto as pessoas tem que pegar água no balde. A canalização alimenta também as plantações de arroz ao redor.
Circulamos pelas “ruas” e deu para ver um pouco a vida das pessoas e brincar com as crianças. Apesar da vida não parecer fácil por ali me senti segura, bem recebida e feliz com tantos sorrisos.

On the following day we took a walk around the hotel area that is surrounded by water sources from the mountain. Most houses do not have running water, so people have to fetch water using buckets. The pipeline also feeds the rice fields in the area.
We took a hike by the "streets" and could observe people's lives and play with the kids. Although life does not look easy out there I felt safe, welcomed and happy with so many smiles.




parada para banana beer - cerveja caseira local
stop for banana beer - homemade local beer









O golpe final foi a visita ao orfanato, não foi fácil, mas foi importante conhecer e pensar em como ajudar.  

Acho que nunca mais vou me separar da África.

The final blow was the visit to the orphanage. It was not easy, but it was important to know and think about how to help those children.


I think I will never separate myself from Africa.

21 de novembro de 2012

Climbing Kilimanjaro - SUMMIT

nossas barracas, a cuia verde do banho e o destino final acima
our tents, the bath green bowl and the final destination above

Dia 4 – Não víamos por onde seguiríamos dali (Barranco camp 3950m), estávamos cercados de paredes de pedra. 
Mas era mesmo por umas destas paredes que iríamos. Deixamos Barranco camp (3950m) às 8:30h escalando a Barranco wall. Neste dia nada de bastões, era na mão mesmo. Foi bem divertido e o cenário incrível. Passamos pela “kiss stone” uma pedra que você tem que abraçar para passar para o outro lado. Subimos até 4200m, descemos, subimos e descemos de novo até Karanga camp (4040m), percorrendo 7 km, em 4 horas.

Day 4 - We couldn’t tell where we were heading to from that point (Barranco camp 3,950m); we were surrounded by stone walls.

But it was exactly one of these walls that took us forward. We left the Barranco camp (3,950m) at 8:30 am by climbing the Barranco wall. On this day no sticks were used, only the hands. It was fun and the scenery was amazing. We passed the "kiss stone", a stone that you have to embrace in order to go to the other side. We climbed up to 4,200m, went down, climbed and went down again to the Karanga camp (4,040m), traversing 7 km in 4 hours.

a parte fácil de Barranco wall
Barranco wall the easy portion 



no topo da Barranco wall
on top of Barranco wall
agora só mais 6km
just more 6 km

Chegamos às 12:30h, almoçamos frango frito, batata frita e salada de repolho com maionese, os melhores que eu já comi na vida!
Depois sem mais nada para fazer o resto do dia, dormi como um bebê. Acordei fiz um alongamento e fui para o chá com pipoca. Depois demos uma caminhadinha nas redondezas e já era hora do jantar.
Eu e Daniel tivemos que nos tornar amigos íntimos, porque com o frio que fazia lá fora, não dava para ficar muito social, tinha que ser eu e ele no almoço, no jantar, no chá e no intervalo! Conversamos muito, conhecemos bastante um do outro, tivemos muitas ideias para negócios futuros, criamos bastante, fizemos muitos planos, filosofamos, enfim, a cabeça voava tão livre quanto a gente se sentia naquelas montanhas!
Dormi com pé gelado do 2º ao 6º dia, não teve jeito, mesmo cheia de roupa, eu ficava quente, mas o pé gelado. E não era coisa de mulher era frio mesmo. Ir ao banheiro à noite, sem chance.

We arrived at 12:30 pm and had some fried chicken, fries and coleslaw with mayonnaise for lunch; it was the best of each I've ever tasted in my life!
Then, since I had nothing to do for the rest of the day, I slept like a baby. I woke up, did some stretching and went for some tea with popcorn. Later we took a walk nearby until dinnertime.

Daniel and I had to become close friends because the cold weather prevented us from socializing, so it was pretty much me and him at lunch, dinner, tea time and break time! We talked a lot and got to know a lot about each other; we had many ideas for future business. We did a lot of brainstorming, made a lot of plans, and philosophized. Well, our minds were flying as high as we felt on those mountains!
I slept with cold feet from the 2nd to the 6th day. There was no way to warm my feet. Even wearing tons of clothes, my body was warm but my feet remained cold. And it was not a woman's thing, it was really cold! There was no way to go to the bathroom at night.

fim de tarde no meio das nuvens
evening amid the clouds
amanhecer acima das nuvens, com vista para o destino final
sunrise above the clouds, with a view to the final destination

Dia 5 – O grande dia!  Deixamos Karanga camp (4040m) as 8:00h e chegamos a Barafu camp, ou campo base (4600m) às 11:30h, após percorrer 5km.
Estava muito frio, o percurso era árido, só pedras, ficamos no meio das nuvens o dia todo e eu tinha acordado com dor de garganta.
Após o almoço tínhamos que dormir porque iríamos acordar as 22:00h, jantar e iniciar a subida até Uhuru peak as 23:30h.
Porém o camping era meio apertado e tinha gente chegando, gente saindo, barraca sendo tirada e colocada, gente gritando, cantando, conversando e batendo. Mas mesmo assim dormi e muito bem até.

Day 9The greatest day! We left Karanga camp (4,040m) at 8:00 am and arrived at the Barafu camp or base camp (4,600m) at 11:30 am, after covering 5km.

It was very cold, the course was barren and full of stones; we were in the middle of the clouds all day, and I had woken up with a sore throat.
After lunch we had to sleep because we would wake up at 10 pm, have dinner, and start the ascent up to Uhuru Peak at 11:30 pm.
But the campground was a bit crowded and had people coming, going, tents being taken off and placed, people screaming, singing, talking, and beating. Despite all that, I slept very well, indeed.






chegamos ao campo base, até aqui foi "moleza", comparado com o que vem a seguir
we arrived at base camp so far was "cakewalk" compared to what comes next

no meio das nuvens, a bagunça de Barafu
through the clouds, the mess of Barafu

No jantar a minha preocupação com a subida era o frio, mal sabia eu o que me esperava. O frio nem foi problema!
A cara das pessoas também não era de relax, estava todo mundo meio tenso, cansado e receoso.
As 23:30h iniciamos a subida de 6km e desnível de 1300m, com o objetivo de chegar a Stella Point (5745m) por volta das 06:30h, com o nascer do sol. Fomos um dos primeiros grupos a sair, lua cheia, céu limpo, lanterna na cabeça e muita roupa.
Nechi deu o ritmo, o que é muito importante e escolheu cada pisada. Passando dos 4800m qualquer movimento é similar a um dar tiro de 50m, então cada passo economizado estava valendo. O terreno também é bem difícil, uma hora é pedra, depois é terra que vira areia fofa.
Andamos por uma hora e eu comecei a passar muito mal, muito enjoo. Daniel ficou preocupado, queria voltar, eu insistia, mesmo que eu parasse ele deveria seguir. Depois de muito insistir, eu não conseguia mais me movimentar e falei que ia voltar.
O Nechi e o Shayo me deram um chá mate quente e muito doce que me fez sentir melhor e eu recomecei a andar. 5 minutos depois eu vomitei tudo e aí sim melhorei.

At dinner, my main concern regarding the climbing was the cold weather; I hardly knew what was about to come. But in the end, the cold was not a problem at all!

The people’s faces were not relaxed; everybody was kind of tense, tired, and afraid.
At 11:30 pm, we faced a 6km ascent and a 1,300m slope, aiming to reach Stella Point (5,745m) at around 06:30 am, along with the sunrise. We were one of the first groups to leave with a full moon, a clear sky, head lamp, and a lot of clothes.
Nechi set the pace, what is very important, and he chose each step. Passing 4,800m, any movement is similar to a 50m run; therefore, every saved step was worth it. The land is also very tough, sometimes it is rocky, and then suddenly the ground turns into soft sand.
We walked for an hour and I started to feel very bad, very sick. Daniel was worried, he wanted to go back, I insisted that even if I stopped, he should go ahead. After much stress, I could no longer move and said I'd go back.
Nechi and Shayo gave me a hot and very sweet mate tea that made me feel better and I resumed walking. Five minutes later I threw up everything and then I felt much better.

Daniel foi cruel e registrou o pior momento, nem tudo é glamour...
Daniel was cruel and recorded the worst, it's not all glamor ...
no ritmo
in rhythm

Comecei a manter um ritmo compatível com a tarefa. Mesmo melhor, meu corpo todo doía, parecia que eu ia entrar em colapso geral. Usei todos os recursos psicológicos de que dispunha. Lembrava daqueles documentários onde esportistas falam de ignorar a dor e pensava: enquanto eu conseguir colocar um pé na frente do outro eu vou. Respirava em ritmo de tiro de 50m a cada passo, levar a mão no nariz ou arrumar o casaco já era tiro de 100m. A cada degrau, eu tinha que parar, respirar muito, antes de dar o passo e depois parar para recuperar o fôlego.
Tentei contar 50 passos antes de cada parada e deu resultado por algum tempo, mais para frente consegui pegar um ritmo constante.
Mesmo com todo o esforço, quando eu conseguia, olhava para cima e caminhava olhando aquela lua cheia e era demais. O tempo todo gente ultrapassando e sendo ultrapassada nas paradas, todo mundo solidário, as lanternas na cabeça, era tudo muito mágico para mim. Durante um bom tempo tinha gente cantando e ajudou muito.
E assim foi indo até que certa hora eu perguntei, quanto tempo falta? E a resposta foi: 3 horas. Acho que meu cérebro deletou, também seriam 3 para cima ou para baixo… desistir, nem pensar.
Durante todo o caminho eu pensava, chegando a Stella Point não saio nem amarrada, para mim está bom, não preciso mais que isso.
O céu já estava começando a ficar vermelho, o sol ameaçava sair por cima das nuvens, abaixo de nós.
Eu andava um pouco e olhava para aquilo e andava mais.

I started to keep a pace that was compatible with the task. Although feeling better, my whole body hurt; it felt like I was going to collapse. I used all psychological resources I had at that moment. That reminded me of those documentaries in which athletes talk about ignoring the pain and thought: As long as I am able to put one foot in front of the other I will keep doing it. I breathed at a very fast pace at every step. Taking the hand to the nose or to straighten the coat was already a big challenge (100m run). With each step, I had to stop, breathe a lot, before taking the next step and then stop to take a deep breath again.I tried counting 50 steps before each stop and it worked for a while; later on I managed to set a steady pace.

Despite all the effort, whenever I could, I looked up and walked looking at the full moon and that was amazing. The whole time there were people overtaking and being overtaken on the stops, everyone was very supportive, with lanterns on their heads; it was all very magical to me. For a long time, there were people singing and that helped me a lot.
And that was how I managed it, until I asked: “how long does it take to make it?” And the answer was: 3 hours. I think my brain shut down; we still had around 3 hours to go up or down... there was no way to give up.
Along all the way I thought: “As soon as I get to Stella Point I won’t leave it not even under torture”. For me, it’s alright; I do not need more than that.
The sky was beginning to turn red, the sun threatened to come out on top of the clouds below us.
I walked around a bit and looked at it all and walked even more.

isso me deu força para seguir
This got me move on

E fui indo, o topo parecia chegar, mas não chegava, até que uma hora ficou muito perto e muito, muito, íngreme. Faltavam uns 70m de areia fofa, daquelas que você pisa e volta para o lugar de onde saiu.

And as I kept going the top seemed closer, but still unreachable, until at a given moment it started to get very close and very, very steep. Around 70m of soft sand were left. It was that type of sand that you step on and go back to the place where you came from.

os últimos metros
the last meters

muito perto, muito íngreme, muito fofo e muito muito difícil
very close, very steep, very fluffy and very very difficult
mas muito lindo!
but very beautiful!

Faltando uns 50m o Nechi me deu uma forca, aquele empurrãozinho que faz toda a diferença e com uns 5 “tiros” de 10m cheguei ao tal Stella Point.
A visão foi uma coisa inexplicável. Estávamos quase no topo da África, acima das nuvens, o pico Mawenzi saindo pelo meio delas, de um lado um lago, do outro uma cratera de vulcão, a frente glaciares e o sol vermelho saindo acima das nuvens. Não teve jeito, caí em prantos, como nunca tinha feito diante de uma paisagem. E não fui só eu. Daniel, meu primo chinês, que tem por aptidão o controle das emoções chegou 5 minutos depois, me abraçou e chorou muitooooo.

In the last 50m Nechi gave me a hand, that little push that makes all the difference and with 5 "shots" of 10m I got to Stella Point.
The sight was something inexplicable. We were almost at the top of Africa, above the clouds, the Mawenzi peak pointing out from them, with a lake on one side, a volcano crater on the opposite side, glaciers in the front and the red sun arising above the clouds. I couldn’t resist, I fell into tears as I had never done before a landscape. And it wasn’t just me. Daniel, my Chinese cousin, who has the ability to control emotions, arrived 5 minutes later, hugged me and cried so hard.


onde choramos, com o sol a esquerda e a lua a direita
the point where we fall in tears, the sun on the left and the moon on the right

Ainda faltavam 40 minutos para chegarmos ao topo da África, eu que havia jurado, durante todo o percurso, que não dava um passo além dali, acabei indo até Uhuru. O percurso já não era tão íngreme e pareceu bem fácil a essa altura.
Chegando lá as lagrimas correram novamente, desta vez pela conquista, por ter feito a coisa mais difícil da minha vida, incluindo todos os desafios pessoais e profissionais. Nada tinha sido, até então, tão meu quanto aquele momento, era uma conquista minha, eu só consegui porque eu quis, porque eu escolhi e porque minha cabeça foi forte o suficiente. 
Ficamos por lá uma meia hora, apreciando tudo, tirando fotos, comemorando, meditando e desfrutando de cada instante.
Todos torceram por todos e compartilharam essa conquista, abracei como irmão gente que eu conheci naquele dia.
Agora as lágrimas me vêm de novo. É uma experiência que só indo para saber.

There were still 40 minutes to reach the top of Africa, I had sworn that, throughout the journey, I would not take a step further, and I ended up going up to Uhuru. The route was not as steep and seemed pretty easy at this point.

Upon arriving there, the tears came out again, this time for the conquest, for achieving the hardest goal of my life, including all personal and professional challenges. Nothing had been, until then, so  intimate. It was a personal achievement. I only made it because I wanted to, I chose it and my mind was strong enough.
We stood there for half an hour, enjoying everything, taking pictures, celebrating, meditating and enjoying every moment.
Everyone supported one another and shared that achievement. I hugged each of them as brothers, although I had just met those people.
Now my tears come all over again. It is something that you need to experience to understand.

o time no topo!
the team on the top





aí eu chorei pela conquista
there I cried because of the achievement
IUHUUUUUU!!!!!



Dia 6 - Em seguida iniciamos 6 km de descida, esquiando na areia fofa. Aí a responsabilidade foi totalmente entregue ao joelho.
Pouco antes de chegarmos ao acampamento base fomos presenteados com um suco de maracujá trazido pelo Jeff, nosso carregador/garçom. E por volta das 10:30h já tínhamos chegado.

Day 6 - After that, we started the next 6 km of descent skiing on soft sand. Then the job was completely under the responsibility of our knees.

Shortly before arriving at the base camp we were presented with a passion fruit juice brought by Jeff, our porter / waiter. And at around 10:30 am we got back.

quase vivos, com o suco de maracujá salvador
almost alives, with the passion fruit juice that save us

Dormimos 1,5 hora, almoçamos e as 13:30h iniciamos 12km de descida até Mweka camp(3.100m) onde chegamos as 17:30h.

We slept for 1 hour and a half, had lunch and around 1:30 pm we started a 12km descent to Mweka Camp (3,100m) where we arrived at 5:30 pm.


após 4 horas, mais 12 km
after 4 hours, more 12 km

mas tá tudo certo!
no problem!
aja joelho!
poor knees ....
e a descida não era molezinha, retinha, asfaltadinha...
and the descent was not easy, regular, paved...


Na chegada encontramos os Tchecos, trocamos experiências e emails. Depois do “super banho”,  jantamos e desmoronamos.

On arrival we found the Czechs, exchanged experiences and emails. After the "super bath", we had dinner and hit the sack.


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