16 de janeiro de 2013

ÍNDIA - Nyingma Monlam Chenmo AGORA





Desde 1989 a cerimônia Nyingma Monlam Chenmo é realizada anualmente no local sagrado de Bodhgaya, durante os primeiros dez dias do décimo segundo mês do calendário tibetano por decisão dos Gurus mais reverenciados da tradição Nyingma. O décimo é o dia do Guru Padmasambhava e o Tsog (Prasad ou refeição simbólica) é oferecido com devoção ao Guru Padmasambhava que testemunha a conclusão do Monlam anual. 

O 18º dia do 12º mês é igualmente um dia importante na tradição Nyingma, é o Aniversário de Longchen Rabjampa (1308-1363), um dos maiores reveladores de tratados tântricos (Tertons) na história da o Nyingmapa. 

Assim, a anual Nyingma Monlam Chenmo realizada durante o décimo segundo mês do calendário tibetano tornou-se uma ocasião auspiciosa para os seguidores Nyingma para rezar pela paz mundial e dedicar os dias para os fundadores de sua tradição., BodhiSatva, Padmasambhava e Trisong Deutsen (Kunkhyen Longchenpa) em Bodhgaya. 

Rezar pela paz mundial tem por objetivo gerar e cultivar um sentimento de experiência espiritual interior, inspirar esperança e coragem para trazer mais paz, harmonia, alegria e felicidade no mundo e procurar alívio de todos os sofrimentos indesejados. Busca ainda fortalecer os valores humanos e para manter as tradições do budismo tibetano, em sua forma mais pura, em perpetuidade no futuro. 

Bodhgaya é o lugar onde o Buda se iluminou sob a Árvore Bodhi. 

Vajrasana é venerado como sendo a fonte de todos os Budas iluminados do passado, do presente e do futuro. Este site intrinsecamente sagrado foi escolhido por todos os Budas de todos os tempos para ser a sede de sua iluminação. Este assento vajra não está sujeito à destruição, mesmo no final de uma eternidade. O Buddha Shakya Muni também alcançou a iluminação em Bodhgaya 2600 anos atrás. 





Este ano a cerimônia acontece entre 12 e 21 de janeiro.

Durante a cerimônia os livros e tankas produzidos pelo projeto Yeshe De, onde os texto do Dharma são reescritos em tibetano com programas especiais de computador, são distribuídos para Lamas tibetanos, monges, freiras e leigos. 

Nos últimos 23 anos os integrantes de mais de 3000 monastérios receberam mais de 2,4 milhões de livros. Esta iniciativa visa preservar os ensinamentos budistas e recompor as bibliotecas destruídas pelo governo Chinês.

Para entender mais sobre toda esta história recomendo o livro "As Montanhas de Buda" - Javier Moro. Acabei de ler e recomendo. A história é comovente e o livro dá uma visão geral sobre o budismo tibetano e a história da invasão do Tibete pela China.


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