Para o nosso último dia no Butão ficou reservada a cereja do bolo, a atração principal, a musa da festa o Tiger's Nest ou Takshang Monastery, um monastério de 1692, incrustado na beira de um penhasco a 3120m de altitude.
Como se este detalhe arquitetônico e de engenharia não bastasse, chegar lá é uma aventura. Em aproximadamente 3 horas e 3400m, você sai de 2300m e chega a 3100m de altitude. No percurso pinheiros azuis, bandeiras de oração e cenários incríveis.
Completada a aventura, passa-se à história fantástica do lugar e aos templos comoventes no seu interior.Conta a lenda, que no século VIII, Padmasambhava (Guru Rinpoche), um ser iluminado, voou para este local, vindo do Tibete, montado em uma tigresa, que segundo nosso guia, teria sido sua esposa.
Lá, em umas das cavernas, ele meditou por 3 anos, 3 meses, 3 dias e 3 horas no século 8, emergindo em oito formas encarnadas (manifestações) diferentes, assim o lugar tornou-se sagrado e denominado de "ninho do tigre". Assim Padmasambhava levou o budismo para o Butão e tornou-se a principal deidade do país.
Essa história fantástica e cheia de magia, está retratada nas imagens e esculturas, de olhares penetrantes, cenas sensuais, multicoloridas e impressionantes no interior dos templos do monastério.
Nestes templos eu me curvei e me prostrei, como se as imagens tivessem ido no fundo do meu coração e puxado para fora minha crença e gratidão a estes ensinamentos, que estão não só nas palavras, mas nas imagens, na arquitetura, nas reverencias, bandeiras e velas. A imagem de Padmasambhava, olhando para mim, nunca deixará minha mente. Parece que ele dizia: vai fundo que você pode mais.
Depois disso, a volta, que inclui descer e subir novamente 100m, para depois descer até o fim. A 3100m de altitude, após uns dias de cama, esta tarefa não foi fácil, achei que teriam que me rebocar de lá, mas no fim tudo deu certo e em 2 horas eu estava no primeiro mirante almoçando na cafeteria.
Ao todo foram 6 horas, iniciamos a subida por volta das 08:30, em 1 hora atingimos o primeiro mirante onde fica a cafeteria, fizemos uma parada para fotos e chá com biscoito. Mais 1,5 hora chegamos no segundo mirante a 3.100m, de lá descemos até a cachoeira de 60m e atravessamos a ponte e subimos novamente até o monastério isso dura mais 30min.
Visitamos os templos em 50min, não é permitido fotografar, não só neste como em nenhum outro templo. Por volta das 14:00 estávamos almoçando na cafeteria, tudo incluso na diária - Butão (USD 250).
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| ruas de Paro |
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| início da trilha com Tiger's Nest ao fundo |
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| primeira parada |
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| na cafeteria |
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| na segunda parada |
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| deixando nossas bandeiras e nossas preces |
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| eu e o guia Tsechen |
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| Paro a distância |
Ainda no mesmo dia fomos conhecer o Kyichu Lhakhang, uma dos mais antigaos templos do Butão, construído no século VII.
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| Janka Resort |
Em nosso último dia acordamos em Paro no Janka Resort um hotel simples, mas muito confortável e charmoso e nos despedimos do Butão e da Ásia.
Foi o encerramento digno de uma viagem de 35 dias pela ÍNDIA, NEPAL E BUTÃO, onde submergi na cultura local e no Budismo. Foi a experiência mais transformadora da minha vida. Observei, senti, questionei, entrei e saí do clima, aprendi muito sobre mim, o oriente, o budismo e os budistas. Mais sobre tudo isso em: Bodhgaya.
Foi também o encerramento de um período Sabático a que me dei o direito. Mais sobre isso em: Viajar porque?
Ainda vou escrever sobre o resultado deste Sabático, aguardem, as fichas ainda estão caindo....
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Maravilha! É preciso, é necessário, buscar, resgatar e reciclar o melhor de cada um de nós! Fiz isso em 2010, percorrendo o Egito, Israel, Palestina, Sudão .....
ResponderExcluirUau, que legal! essa área ainda não percorri, quem sabe um dia.
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